Um pequeno alerta ao Nacional

Quero aqui fazer um pequeno alerta aos responsáveis do Nacional da Madeira, nomeadamente ao sr. eng. Rui Alves, pessoa de bem e de reconhecidos méritos no futebol português, e ao senhor professor Manuel Machado, que além de personificar um dicionário de bolso ambulante tem uma excelente visão conseguindo ver, a 70m de distância, algo que só alguém de Mota conseguiu ver.

Esta reconhecida valência (capacidade de visão, como uma mira telescópica que se aloja naqueles óculos que, tenho a certeza, estão unidos a um bigode postiço) deixa-me descansado relativamente à resolução de um caso, que hoje pretendo abordar: 

- o atleta que está na imagem, juntamente a Carrillo, é o nº 3 do plantel madeirense e dá-se pelo nome de Zainadine Abdula Chavango Júnior;

Este senhor teve o desplante de ser o único jogador admoestado disciplinarmente pelo ilustre Manuel Mota, manchando a actuação deste último, e destoando da restante equipa que, durante o jogo de ontem, sempre revelou um comportamento disciplinar e faltoso extremamente correcto, numa clara demonstração de fair-play e de que o Mundo futebolístico ainda tem lugar para equipas que jogam o "jogo pelo jogo", travando o seu adversário exclusivamente através da sua qualidade técnica e táctica, sem recorrer ao jogo violento, faltas e anti-jogo. 

Zainadine Abdula Chavango Júnior, com esta atitude inadmissível e, repito, claramente contraproducente relativamente ao trajecto do Nacional da Madeira nesta competição mas, também, na práctica do Desporto a nível nacional, demonstra que é um atleta indigno de representar as cores madeirenses (quero sempre dizer "nacionalistas" mas acho que fica mal, não se enquadra).

No jogo de ontem, Zainadine Abdula Chavango Júnior envergonhou as briosas actuações de Marçal (que, pasme-se só tem 7 amarelos nesta Liga - em 12 jogos!! - é só o mais amarelado da Liga [ainda tem um duplo amarelo], mas ontem... escapou à tendência revelada até então) e Gottardi, sendo que este último, além de demonstrar competência nas funções de guarda-redes (reparem que não sentiu necessidade de queimar energias no lance do golo do Slimani porque era demasiado óbvio que o Manuel da Mota o ia anular, tão escandaloso foi a forma como o argelino empurrou e se apoiou em Miguel Rodrigues, fazendo que este caísse, com estrondo, para trás [sempre que eu empurro alguém pelas costas essa pessoa cai sempre para cima de mim, sempre, é de livros!]), esteve sempre preocupado em que o jogo tivesse um tempo útil superior a 15 minutos, repondo sempre a bola em jogo com máxima velocidade pois a noite estava fria e era preciso mexer (aqui não há referência ao central moçambicano). Tudo em bom nome do Desportivismo e Competitividade! Já não há clubes e atletas profissionais assim...

Desta forma, faço um pedido, com aplicação imediata (o mercado de Janeiro está à porta), para que Zainadine Abdula Chavango Júnior seja dispensado das suas funções do plantel do Nacional da Madeira, visto que é um elemento desestabilizador do grupo e que não incorporou os valores e normas pelos quais se regem as equipas de Manuel Machado.

Sugiro até que, tendo em conta as percentagens e dados disciplinares demonstrados pelo jogo de ontem, Zainadine Abdula Chavango Júnior seja transferido para o Sporting Clube de Portugal, onde encontrará uma equipa indisciplinada (ontem foram só 4 amarelos... estes meninos... irradiados era pouco...), claramente à sua imagem. 

O futebol português não devia ter espaço para estas equipas como a do Sporting. É que são uns troublemakers!! 4 amarelos!! Joguem à bola!! 28 amarelos na Liga e 0 vermelhos? Isto admite-se? Coloquem os olhos no Nacional, que só tem 36 amarelos, 1 duplo amarelo e 1 vermelho!!

E depois ainda vem um Presidente que, durante esta semana, tentou demonstrar lucidez:

“Senti a necessidade de aqui vir porque é tanta a estupidez que ouço na televisão após o jogo, que realmente há necessidade de vir aqui. (...) O problema deste jogo não é um lance. Quando ouço que se reduz o jogo a um lance é fazer-nos de parvos. Todos nós vimos um encontro com uma violência tremenda, na primeira parte, e isso condiciona muito o jogo; vimos um lance de agressão ao Jefferson, que nem falta foi; vimos foras-de-jogo em lances perigosos, que não eram foras-de-jogo; vimos várias jogadas que roçam a violência e que não foram sancionadas. Na segunda parte vimos um lance em que realmente é preciso ter uma capacidade de visão muito boa para ver qualquer tipo de falta.”

“Quando ouço jornalistas a dizer que a melhor jogada de possível golo não é a que é golo, é um bocado estranho. O lance é golo e a melhor jogada de golo é essa. Aliás, há duas frases que me marcaram de todas intervenções de jornalistas: o Nacional roubou dois pontos ao Sporting e quando se diz que foi anulado um golo ao Sporting. São expressões felizes. (...) Não consigo conceber como é que as pessoas, com as televisões à frente, a verem os jogos, a fazerem comentários e é preciso vir o presidente do Sporting dizer algumas coisas, porque vocês não são capazes. Os jornalistas têm medo de dizer aquilo que viram?"

"Sinto vergonha de estar inserido em algo que continua a ser aquilo que não deveria ser.”

Bruno Carvalho, www.sporting.pt, 21/12/2013

Ainda estamos verdes para merecer um Natal Verde.

Boas Festas!!