1. Exigia-se Respeito pela memória de Eusébio e a claque leonina não
o fez. Miserável e triste a forma como o minuto de silêncio foi cumprido por
uma pequena maioria de adeptos do Sporting. O Sporting não é isto.
2. Exige-se Respeito pelo espectador e espectáculo. Um campo como o
do Estoril, com um relvado deplorável (que não ajudou ninguém), bancadas ao
nível do INATEL, num país e campeonato/futebol que enfrentam uma crise
financeira bastante grave não pode praticar preços de bilhetes de 25 euros. Não
é justo! Ainda mais quando esta prática não foi transversal aos restantes
"grandes" que, esta época, já jogaram na Amoreira.
3. Apesar do apontamento no primeiro ponto deste texto (que se dirigiu a uma
parte da falange de apoio ao Sporting), não se pode deixar de enaltecer a forte
presença de adeptos leoninos, no apoio à sua equipa, apesar da temática do
ponto 2.
4. Respeito das equipas (de futebol) intervenientes neste jogo. O Respeito
pelo adversário e pelo jogo demonstrado por Sporting e Estoril permitiu a que
se assistisse a uma partida bem disputada (mas nem sempre bem jogada - já lá
vamos), de grande intensidade, equilíbrio e que deixa, no final, a sensação de
resultado justo.
Pela 1ª parte, diria que o Sporting ganhou 1 ponto. Muito jogo pelo ar,
pouca gente na frente e más decisões no último terço (Carrillo, Martins e
Wilson muito mal neste ponto) fizeram com que o Estoril tivesse poucos
problemas em nos anular. Mas quando digo que se ganhou 1 ponto, não é porque o
Estoril merecesse estar a vencer. Nós é que não fizemos mais (excepto Adrien
que jogou sempre muito).
Na 2ª parte mudou muita coisa. Mais gente na frente, mais bola no chão e,
após a entrada de Slimani, pela primeira vez conseguiu-se segurar bola e
esperar que os alas e meio-campo subisse. Isso traduziu-se em mais posse de
bola, em controlo do jogo (finalmente) e mais tempo junto da área. Gostaria de
ter visto Carrillo neste período mas Leonardo tirou-o por Capel logo quando,
penso eu, começava a acertar e a desequilibrar. No entanto, as oportunidades
foram escassas, com excepção de um remate de Adrien (porra, aquela tem de ir à
baliza...) e um de Rojo para defesa de Wagner (um pouco depois de Patrício
mostrar a sua qualidade e grande utilidade). Nesta 2ª parte, destacam-se os
centrais sempre muito seguros, Patrício, Cédric, Slimani, Carvalho e Adrien. No
sentido inverso, importa destacar um jogo menos conseguido de Montero, Martins
e todos os alas, que logo se reflecte no (in)sucesso da equipa leonina, muito
limitada nas suas opções.
5. Aqueles que jogaram na Amoreira (Estoril e Sporting) não mereciam que o
Juíz nomeado não tivesse Respeito pela profissão e pelos jogadores.
Amanhã ninguém falará de Proença porque não fez uma arbitragem polémica, não
existindo lances polémicos. No entanto, Proença fez aquilo que sempre faz
quando trabalha em Portugal, uma "arbitragem inteligente" o que,
trocado por miúdos, é uma arbitragem de merda. Constantes paragens do jogo,
critério disciplinar completamente aleatório (ou não... pois quem dá amarelo a
Montero daquela maneira e deixa Carlitos, Amado e, especialmente, Tiago Gomes
sem admoestação talvez tenha mesmo um critério. Só que é aquele critério que
não está escrito nas leis mas é do conhecimento de todos os árbitros deste
país), aliado a faltas ao mínimo toque e disputa de bola (sempre para o
mesmo lado) e sempre num timing perfeito (aquela última ao Cédric junto
da área do Estoril... ui... só o ex-1º melhor do Mundo).
Claro que, como não houve polémica, o resultado não passou por ali, mas
outro Sporting, hoje, tinha tido jogadores expulsos e, provavelmente,
perderia.
Mas numa coisa há comunhão. Pela entrega e forma como jogaram, tanto Proença
como os jogadores do Sporting podem, amanhã, assistir ao Clássico, entre aos
dois clubes que mandam no futebol português, de consciência tranquila, pois
estou certo que as entidades empregadoras só podem estar satisfeitas pelo seu
desempenho.
6. À partida (e que se veio a confirmar), este era um dos jogos mais
difíceis desta Liga. Pelo adversário e pelo momento em que ocorre (na mesma
jornada do clássico siciliano). A prova não foi totalmente superada mas é justo
reconhecer que o Sporting deu tudo, embora nem sempre da melhor forma. Era um
jogo de elevada dificuldade onde, uma equipa jovem e em crescimento, mostrou
que os passos estão a ser dados de forma segura mas, ainda assim, devagar.
Começar a preparar Arouca (com um treino na 4ª feira contra o Marítimo) para
voltar às vitórias e pensar como se vai gerir os 4 amarelos de Montero e
William (este Proença é mesmo bom!).
4 comentários:
Claro que ninguém amanhã vai falar do apitador, mas para mim ele controlou o jogo sempre em desfavor do Sporting. Em caso de dúvida era falta contra o Sporting. Os amarelos eram para faltas dos jogadores leoninos os canários estavam isentos. Inclinou o campo a favor do Estoril. E muito! Num campo pequeno, mau, onde há sempre muito choque e o apitador decide sempre a favor da equipa da casa (até em perderem tempo em momentos chaves)claro que é relevante, não querendo desculpar a equipa leonina, que lutou muito, mas acertou pouco. O carrilho esteve muito mal, onde anda Montero, o W. Eduardo remata sempre a meia altura em vez de rasteiro. Muito bem o Rui, Adrien (fizeram sobre ele alguma 100 faltas e sem amarelo) e W. Carvalho. Enquanto os apitadores e CS não nos respeitarem nunca PODEMOS SER campeões.
Isto é o calimerismo.
Cantinho,
Só agora li a crónica ao jogo mas quem não o souber pode pensar que a minha plagia a tua em dois pontos: a questão dos bilhetes e a do Proença.
Nas restantes, embora não tão semelhantes também estou de acordo na generalidade.
Abraço
1º Anónimo,
A equipa teve elementos (que normalmente desequilibram) que não funcionaram: Montero, Martins, Carrillo e Wilson (bem como Capel, do pouco tempo que jogou). Contra uma equipa como a do Estoril são muitas contrariedades. E aí é que se vê que a manta é curta. No entanto, o fenómeno Proença também teve em campo e, não fosse o Sporting chatear, ele estava lá para, pelo menos, irritar. Arbitragem à Proença, sem polémica mas com muito cinismo, gozo e falta de respeito pelos jogadores e futebol.
Leão de Alvalade,
Sei que não é plágio mas sim convergência de pensamento e de abordagem ao Futebol. Dá-me um grande prazer ler as tuas/vossas crónicas e rever-me, em muito, nas temáticas abordadas e na argumentação e raciocínio.
É curioso como, em duas jornadas, elementos tão banais como Mota, Proença e Soares Dias mudam o rumo de uma Liga.
Tenho a convicção que saíremos da Luz completamente arredados da luta pelo título. E essa sensação vem desde do jogo com o Nacional.
grande abraço!
Enviar um comentário