Ganhar e jogar bem! Este era o mote para esta noite.
Um leão de cara lavada surgiu em Alvalade para mudar de vez a pálida imagem que tem sido recorrente, desde que se iniciou a nova época.
Com as mexidas desejadas no onze face ao jogo na Madeira, a equipa leonina cedo começou a revelar vontade, ambição e muita determinação para levar de vencida uma equipa Viola, muito experiente e com grandes expectativas para esta temporada. Um Sporting quase de Sonho, com boas trocas de bola, ganhando cantos e rematando de longe, obrigando Frey a aplicar-se a fundo para evitar o primeiro tento leonino.
6 minutos depois, entra em campo o Sporting Real. Após um lançamento de linha lateral 5 jogadores do Sporting descompensam a equipa deixando, no lado oposto, Pedro Silva com dois italianos, não conseguindo evitar o 1º golo italiano. E aqui se começou a perder uma eliminatória...
O Sporting Real manteve-se em campo, aparecendo novamente aos 12 minutos. Um árbitro vindo de uma ex-potência futebolística conseguiu não expulsar o jogador Gamberini, após nítida agressão a Liedson. Ao invés, "o boi amarelo" dá amarelo a Vukcevic, com danos colaterais, mais tarde revelados.
O jogo resume-se entre os momentos de Sonho do Sporting e a Realidade, essa tão nua e crua, o nosso Fado, a nossa História.
Já sem um Pedro Silva (será digno de vestir a camisola do Sporting?), chega-se ao empate numa jogada de garra e insistência. No mesmo minuto o Sonho a Realidade juntam-se. Vuk marca e agradece o apoio de uma massa adepta que, de forma irracional o protege e venera. No mesmo instante, despe a camisola e mostra que a Realidade é a estupidez, a meninice, a burrice e um grave dolo para o Sporting. Expulso. Sporting com 10 jogadores. Tanto esforço deitado por terra... Uma equipa italiana que já acusava uma pré-época tardia ganhava novo fôlego.
Volta o Sonho. Um Sporting que não se rende, que acredita que das fraquezas se faz força. Um Estádio que puxa e que crê também. Surge Liedson a pressionar, o levezinho de sempre, "onde andavas?". Veloso, o Miguel na 3ª pessoa. GOLO, GOLO, GOLO!! O Mundo já te conhece. Era Real. O jogo estava virado e a eliminatória voltava para a nossa mão.
A Realidade volta. Polga dá aquele espaço, naquela hora em que não devia. Pensa que Gilardino é o Djaló com quem treina diariamente "Não vai marcar." 2-2. Fiorentina de novo na frente. E com Gamberini e Dainelli, incrivelmente, em campo até ao fim do jogo.
Até ao fim a veracidade do Sporting continuou. Do banco, um merceeiro previsível, com medo do inesperado, da surpresa, do exógeno, lança a cartada final. Entra Djaló. A descrença volta às bancadas. Quando deveria entrar o Caicedo que, além de qualidade, trazia disponibilidade física a uma equipa com 10 jogadores e em clara quebra, entra o Djaló. Aquele que nunca suou num jogo de futebol, aquele mesmo que não sabe controlar uma bola e fazer um passe.
Este era o Sporting Real, aquele de sempre, o que nos habituámos a ver nas épocas anteriores. O Sporting de Sonho já tinha caído, no último grito de um Matías que, mesmo sem ter autorização de marcar um lance de bola parada, revela que é o reforço que sonhámos.
Dois pontos se destacam deste jogo:
- o Sporting não tem qualidade para andar na alta-roda do futebol.
- mas tudo aquilo se vai defendendo, hoje, ficou demonstrado que é possível e real. O Sporting pode (e deve) jogar muito mais do que aquilo que tem feito neste início de época. Com estes jogadores, técnicos e direcção. Basta sonhar e Acreditar...
1 comentário:
Italianos cínicos e matreiros, arbitro tendencioso, esforço, garra, alguns lances de categoria, alguns lances infantis, maus laterais, aflição nas bolas paradas, centrais que não ganham um lance de cabeça, a "maluquice" do Vuk(pensada para "queimar" "alguém", não tenham dúvidas!), erros de PB em 2 substituições (especialmente na entrada de Djaló em vez de Caicedo), eliminatória quase perdida... resta-nos alguma dignidade e (mais uma) vitória moral!
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