O dia de ontem deu duas excelentes notícias a dois clubes que estão historicamente ligados com o Sporting Clube de Portugal.
O Atlético Clube de Portugal garantiu a presença na Liga Orangina, regressando, desta forma, às competições profissionais, lugar que não ocupava desde há 21 anos (aliás, nunca disputou a Liga de Honra, pois ainda não tinha sido formada).
Num complexo e injusto sistema de subida (porquê que não sobem os 3 campeões e descem os 3 últimos da Liga Orangina? Em vez de 2?), o Atlético ultrapassou o União da Madeira e o Padroense, regressando a um patamar que lhe vai permitir alcançar novas receitas, ressuscitar o clube e Campo da Tapadinha, bem como reeditar velhos duelos com o vizinho e rival Belenenses.
Muitas memórias serão reavivadas a partir do fim de Agosto...
Mais a Norte, perto da Serra da Estrela, o Sporting Clube da Covilhã garantiu a manutenção, pelo 3º ano consecutivo, na Liga Orangina, permanecendo como o único "bastião" de uma equipa do interior do nosso país. Dotado de infra-estruturas que fazem inveja a muitos clubes da 1ª Liga (Paços de Ferreira, por exemplo) e cumprindo, sempre com as suas obrigações contratuais com todos os elementos do plantel, o SCC, somente no último minuto, é que garantiu a sua estabilidade, num acto de justiça desportiva (o seu principal oponente, Varzim, nem sequer direcção tem e os seus jogadores têm vários ordenados em atraso. Para não falar do Belenenses...).
Além de dar os Parabéns a ambos os clubes, creio que estas notícias poderão constituir-se como boas oportunidades para o reatamento institucional que o Sporting Clube de Portugal deveria ter com as suas filiais.
Com a ausência de uma Equipa B para o futuro imediato, seria bom avaliar o potencial destes clubes e das pessoas que os gerem (Presidente e, muito importante, Equipa Técnica), no sentido de emprestar jogadores sem espaço (para já) na equipa principal, mas que poderiam crescer perto da casa-mãe (Atlético) ou junto de um ambiente que de Sporting já só vai mantendo o seu nome (Covilhã).
As dificuldades financeiras destes clubes são óbvias, a necessidade de reforçar os planteis para a exigência da Liga Orangina obriga a esforços elevados e o Sporting tem um conjunto de jogadores que precisa de competir, crescer e de serem bem acompanhados. Desta forma, esta conjugação de factores poderia levar a protocolos entre o Sporting e estes Clubes, com claros proveitos para todas as partes envolvidas.
Se no Atlético a proximidade com Alcochete e Alvalade é trunfo, aliado a uma massa associativa exigente desejosa por torcer e apoiar o seu Clube (que é mesmo o seu clube, não são nem do Benfica nem do Sporting), já na Covilhã mora uma excelente oportunidade de "desintoxicar" um clube que tem vindo a ser usado para colocação de excedentes do FC Porto (técnicos e jogadores sem aspiração de um dia regressarem ao Dragão), desvirtuando a História deste clube. Esta época, essa relação poderia ter causado a descida à 2ª Divisão, pois o treinador serrano foi ex-defesa direito João Pinto, personagem que carece de massa encefálica e que muitos danos causou ao clube. De momento, o treinador é Tulipa, num claro exemplo do domínio portista sobre uma instituição históricamente Sportinguista.
Espero, desta forma, que em Alvalade se esteja atento as estas situações, pois a revitalização do nosso clube também passa por recuperar espaços e locais que outrora tinham bastante orgulho em pertecer à família do Sporting Clube de Portugal.
ps: se o empréstimo de jogadores não passar pela Covilhã e/ou Tapadinha, ao menos que se façam dois jogos particulares, na pré-época nesses emblemáticos campos. Haja visão e vontade.
O Atlético Clube de Portugal garantiu a presença na Liga Orangina, regressando, desta forma, às competições profissionais, lugar que não ocupava desde há 21 anos (aliás, nunca disputou a Liga de Honra, pois ainda não tinha sido formada).
Num complexo e injusto sistema de subida (porquê que não sobem os 3 campeões e descem os 3 últimos da Liga Orangina? Em vez de 2?), o Atlético ultrapassou o União da Madeira e o Padroense, regressando a um patamar que lhe vai permitir alcançar novas receitas, ressuscitar o clube e Campo da Tapadinha, bem como reeditar velhos duelos com o vizinho e rival Belenenses.
Muitas memórias serão reavivadas a partir do fim de Agosto...
Mais a Norte, perto da Serra da Estrela, o Sporting Clube da Covilhã garantiu a manutenção, pelo 3º ano consecutivo, na Liga Orangina, permanecendo como o único "bastião" de uma equipa do interior do nosso país. Dotado de infra-estruturas que fazem inveja a muitos clubes da 1ª Liga (Paços de Ferreira, por exemplo) e cumprindo, sempre com as suas obrigações contratuais com todos os elementos do plantel, o SCC, somente no último minuto, é que garantiu a sua estabilidade, num acto de justiça desportiva (o seu principal oponente, Varzim, nem sequer direcção tem e os seus jogadores têm vários ordenados em atraso. Para não falar do Belenenses...).
Além de dar os Parabéns a ambos os clubes, creio que estas notícias poderão constituir-se como boas oportunidades para o reatamento institucional que o Sporting Clube de Portugal deveria ter com as suas filiais.
Com a ausência de uma Equipa B para o futuro imediato, seria bom avaliar o potencial destes clubes e das pessoas que os gerem (Presidente e, muito importante, Equipa Técnica), no sentido de emprestar jogadores sem espaço (para já) na equipa principal, mas que poderiam crescer perto da casa-mãe (Atlético) ou junto de um ambiente que de Sporting já só vai mantendo o seu nome (Covilhã).
As dificuldades financeiras destes clubes são óbvias, a necessidade de reforçar os planteis para a exigência da Liga Orangina obriga a esforços elevados e o Sporting tem um conjunto de jogadores que precisa de competir, crescer e de serem bem acompanhados. Desta forma, esta conjugação de factores poderia levar a protocolos entre o Sporting e estes Clubes, com claros proveitos para todas as partes envolvidas.
Se no Atlético a proximidade com Alcochete e Alvalade é trunfo, aliado a uma massa associativa exigente desejosa por torcer e apoiar o seu Clube (que é mesmo o seu clube, não são nem do Benfica nem do Sporting), já na Covilhã mora uma excelente oportunidade de "desintoxicar" um clube que tem vindo a ser usado para colocação de excedentes do FC Porto (técnicos e jogadores sem aspiração de um dia regressarem ao Dragão), desvirtuando a História deste clube. Esta época, essa relação poderia ter causado a descida à 2ª Divisão, pois o treinador serrano foi ex-defesa direito João Pinto, personagem que carece de massa encefálica e que muitos danos causou ao clube. De momento, o treinador é Tulipa, num claro exemplo do domínio portista sobre uma instituição históricamente Sportinguista.
Espero, desta forma, que em Alvalade se esteja atento as estas situações, pois a revitalização do nosso clube também passa por recuperar espaços e locais que outrora tinham bastante orgulho em pertecer à família do Sporting Clube de Portugal.
ps: se o empréstimo de jogadores não passar pela Covilhã e/ou Tapadinha, ao menos que se façam dois jogos particulares, na pré-época nesses emblemáticos campos. Haja visão e vontade.
10 comentários:
Muito bem visto! JR
Parabéns pelo excelente post, uma visão muito boa e com grande sentido de oportunidade!
Sou Sportinguista ferrenho, mas nutro uma enorme simpatia e carinho pelo atlético, ontem desloquei-me a tapadinha e foi espectacular e nostálgico ver aquele ambiente, é um clube com historia e numa divisão marcada por clubes do norte como a liga oragina, é interessante ver que as únicas equipas de Lisboa serão o Atlético, o Estoril e o Belenenses
Se os protocolos efectivamente existirem seria uma mais valia, pessoalmente vejo mais condições de isso acontecer no caso do Atlético,(que já contou com o jogador do Sporting, Henrique Gomes).
Caberá agora as direcções essas negociações que serão proveitosas para os dois.
Sl
Excelente post.
Já há algum tempo que falo na necessidade do SCP revitalizar as relações com as suas filiais e custa-me que o Sp. Covilhã se esteja a "portizar".
Como dizes, haja visão e vontade.
Obrigado a todos pela vossa participação.
Há quase uma obrigatoriedade, da nossa parte, em ajudar esses clubes. Eles são o nosso sangue também. Têm o nosso nome, a nossa camisola, símbolo e são a nossa História.
E, à parte disso, teriamos muito a ganhar se houvesse colaboração com eles.
Levar o Sporting a esses clubes é aumentar e enriquecer o nosso património. Haveria uma complementariedade que, à falta de equipa B, era bastante útil.
E essas equipas também têm camadas jovens. E, devido à ligação umbilical e também profissional (mediante os protocolos) podiamos ter primazia sobre jovens talentos que aí despontam.
Como Sportinguista e Covilhanense lamento muito esta portorização que muita culpa têm do nosso Sporting que nunca quis ajudar o Sporting da Covilhã haja vontade para mudar
Cantinho,
Seria inclusivamente uma maneira de combater a influência e a força do fcp junto a estas equipas, inclusivamente a nível de jogadores, permitindo ao SCP, como referes, antecipar-se aos rivais na captação de talentos locais.
Quando no início de Maio, salvo erro, houve aquele debate em Alvalade entre a nova Direcção e os sócios e adeptos, o Pedro Varela do Bancada de Leão colocou um resumo acerca do que se tinha passado. Num dos posts, perguntei se o assunto filiais, nesta vertente, tinha sido abordado mas infelizmente não o foi.
Estive inclusivamente para mandar um email à Direcção, com esta sugestão mas o tempo e a memória fizeram com que tal não acontecesse.
Precisamos de reatar os laços com as nossas filiais urgentemente.
jvl,
Nunca é tarde para enviar esse email. Mal não fará. Eles foram os eleitos mas ninguém é iluminado. Nós somos adeptos/sócios activos e nosso cérebro também funciona. Porque não utilizá-lo em prol desta paixão?
Excelente post sim senhor, que vem de encontro com aquilo que já o disse várias vezes noutros blogs, que a entrada do atletico no segundo escalõ nacional, pode caso o Sporting mostre interesse e o Atlético aceite, o "euromilhões" para os dois clubes.
Quanto ao emprestimo de jogadores ao Sporting da Covilhã, não que eu esteja em desacordo mas, o Sprting, tem de defender 1º o que será mais útil para o clube e, só depois, pensar em empréstimos para ajudar as suas filiais. Sim eu disse as suas porque todas as outras encontram-se no mesmo patamar que os Serranos.
Talvez a disputa de jogos particulares seriam mais úteis par as filiais.
Nando,
Obrigado pelo seu comentário.
É óbvio que a política que o Sporting deve seguir tem que, primeiro que tudo, ser benéfica para si, independentemente do clube com quem negoceia, ajuda ou faz protocolo.
No caso do Covilhã eu creio ser útil o apoio por três situações:
- é um clube que milita na Liga Orangina, logo uma Liga competitiva, com bons jogos, treinadores e jogadores;
- é um clube com infrastruturas de elevada qualidade e que permite boas condições de treino e jogo;
- porque é uma filial (3ª razão);
E a 1ª razão (Liga Orangina), é aquela que o distingue das outras filiais. Discordo da parte do seu comentário quando diz que "todas as outras (filiais) encontram-se no mesmo patamar que os Serranos."
Eu não acho.
Se fosse o Farense, o Campoierense, Sporting Pombal, o Sporting Clube de Abrantes, ou outros, o meu texto ia para eles.
Sou da Covilhã, adepto do SCP e sócio do SCC, e acho muito difícil o Sporting conseguir qualquer tipo de protolo que envolva a cedência de jogadores com o SCC, visto que, o atual presidente da direcção, José Mendes, é um ex empresário de futebolistas (logo com interesses pessoais na aquisição de determinados jogadores)e com excelentes relações com FCP e ao SCB. Não é por acaso que, nas últimas épocas,alguns jogadores estiveram no SCC emprestados por FCP e SCB, como por exemplo Bura, Pizzi, entre outros.
Emanuel Silveira
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