terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vi 30 minutos...


E, para mim, chegou bem.

30 minutos bastaram para perceber que nada mudou. Para constatar que, duas semanas depois do último jogo, continua tudo na mesma. Que o "modelo táctico" (ou lá o que isso é) encontrado pelo forcado como o ideal para este Sporting afinal não era aquele que venceu em Setúbal.

30 minutos... Neste tempo todo não vi Abel. Não vi Djaló, não vi Maniche, Evaldo e João Pereira. Vi as bolas que Liedson nunca soube controlar. Vi Liedson à esquerda, à direita. Não vi Liedson no meio. Vi porquê que temos uma elevada percentagem de remates. Não os vi como um perigo real para a baliza adversária. Não vi uma jogada bem construída. Vi como vamos perder um lateral direito, desaproveitando-o no nosso clube e fazendo com que deixe de ir à Selecção. Vi um meio-campo vazio, um fosso entre sectores e uma displicência na forma como se ocupa os espaços defensivos que, tudo junto, aliado à (famosa) ausência de pressão sobre o portador da bola, nos irá criar belos dissabores no próximo jogo contra o Braga. Jogamos da forma ideal para adversários como Alan, Mossoró, Lima, Paulo César, (ainda há Matheus? esperemos que não) etc.
Vi a pior equipa da Liga, comandada pelo bombeiro da casa, (que, já ontem, a caminho da Figueira da Foz foi substituído por um ex-jogador pelo qual o Hernani abdicou da sua carreira de futebol profissional), a jogar de forma igual, sem pressão, sem sentir o real perigo que um grande, historicamente candidato a vencer uma competição, deveria causar.

Não consigo perceber como é que (ainda) vão 11 mil pessoas ver o Sporting ao vivo. Invejo-os. A sério, não é sarcasmo. Gostava de ter essa crença cega. Mas o Sporting tornou-me racional, excluindo a emotividade que eu deveria canalizar para esta, outrora paixão, mas que agora se tornou numa mera figura com quem tenho de conviver até ao resto da vida. Está aqui comigo, mas já não é a mesma sensação, dedicação, orgulho e amor.

Entristece-me a banalização do nosso clube. A forma como os nossos jogadores se desvalorizam. Ainda acho que não podem ser todos maus. Olho para um grupo de nomes e acho que se podia construir uma boa equipa. Uma equipa que controlasse uma qualquer Naval deste mundo. O empobrecimento do nosso plantel e clube, começa naquele relvado, na forma como (não) jogam.

Entristece-me ver um Postiga a jogar. Entristece-me ver como falha golos que um Cardozo, Hulk, Falcão jamais falhariam. E entristece-me que o seu remate à barra, na 1ª parte, decorra de um gesto técnico que nenhum outro jogador deste plantel conseguiria idealizar (quanto mais executar).

30 minutos... quanto tempo mais precisam Bettencourt, Couceiro, Costinha e Paulo Sérgio para perceber que não dá?

3 comentários:

Pedro disse...

Que bela miséria. Prefiro jogar com o Sporting na playstation do que ver os jogos ao vivo. Olhando para o nosso ataque e ver que o Liedson só marcou um golo no campeonato, o Postiga 2 e o Djalo 3, enquanto o Hulk tem 13 golos e o nosso melhor marcador é o valdes com 4,dá que pensar.Enquanto isso temos o Pongolle ja tem 4 golos, depois de estar lesionado no inicio do campeonato, e a jogar no Saragoça e na liga espanhola. De facto Alvalade parece um cemitério de jogadores, e o treinador e a direção sao os coveiros

Saudações

Anónimo disse...

http://www.lusofans.com/clubpagearticle.asp?id=1170&team_id=3

Anónimo disse...

Caro sportinguista, se é que és, por tudo o que escreve julgo que não, sei que há muita coisa mal, mas se calhar nas equipas dos jogadores que referencia no seu artigo, não há quem deite tão abaixo como você.

Saudações sportinguistas.