Esperava mais. Esperava mais apesar da ausência de Rodriguez, Rinaudo e Jefren (3 titulares). Esperava mais, mesmo sabendo que Matías só podia jogar 35 minutos e Izmailov menos do que isso. Ainda assim, esperava mais, mesmo tendo em conta que iniciaríamos o clássico, contra o Campeão Nacional, com 8 jogadores novos.
E é isto que este Sporting nos devolveu, a esperança e, acima de tudo, a Confiança e a Exigência.
Queremos (sempre) mais, apesar de se saber que esta (ainda) é uma fase embrionária da construção de uma grande equipa.
Quando vi o Elias a fazer uma falta estúpida e agressiva, aos 2 minutos de jogo, sem qualquer razão, percebi que não estávamos preparados para um jogo deste grau. Esta equipa está pressionada desde da 3º jornada e o desgaste de quem corre atrás é sempre muito maior. Ao desgaste físico de uma equipa que descansa pouco (lesões, lesões e mais lesões), acresce a normal quebra mental de quem já não pode falhar.
O Sporting não jogou mal, mas também não jogou bem. Entrou muito mal no jogo e teve demasiado respeito por Hulk. As abordagens ao seu jogo e figura foram sempre feitas com medo do que é que podia sair dali. E, fosse Hulk um jogador de top-mundial (não o é, mas pode muito bem vir a ser, pois tem características muito especiais e únicas), os danos para a nossa baliza podiam ter sido outros. Nesta fase, convém destacar a presença de Neto. Foi dos poucos que não se intimidou com Hulk e que permitiu ver à equipa que, ali, só estava um jogador, nada mais. Mas, por outro lado, a presença de Neto retirou, à equipa, a existência de uma saída com a bola controlada, desde da defesa para o meio-campo atacante. O abuso do jogo directo (que algumas vezes saiu bem) foi um dos pontos negativos, pois tipificou o nosso jogo, castigou fisicamente Wolfswinkel (e como ele necessitava de pernas mais frescas na 2ª parte) e entregou a bola de frente ao adversário, que usava as transições rápidas como forma primordial de abordar o ataque.
A saída de Neto (à qual, no estádio, torci o nariz, pois ainda via a equipa com pouco "nervo" e garra) permitiu ao Sporting reentrar no jogo e, finalmente, controlá-lo. O recuo de Schaars para 6 permitiu que este aparecesse no jogo e o encara-se de frente para o meio-campo adversário. Aliado à entrada de Matías, agora, as jogadas começaram a ser mais rápidas na sua execução, a bola foi jogada por mais jogadores e a presença em zonas mais próximas da finalização começou a ser uma realidade.
Só que, nesta fase, o desgaste do trio mais avançado era muito notório e quando iam, finalmente, ter jogo nos pés, eles já não estavam lá. Não sei se Capel e Carrillo jogaram mal ou não. Sei que, a 30 minutos do fim, o jogo começava a ser nosso e eles já não podiam corresponder a essa nova situação. Foram vítimas do sistema da 1ª parte, ou foram parte do problema? Não me compete responder pois não sei avaliar tal situação.
E foram nestes 20 minutos que podíamos ter virado a nossa história neste campeonato. A forma como Izmailov falha o golo é uma excelente metáfora da sua presença no Sporting. Depois de ultrapassar tudo e estar perto de ser feliz, há um bloqueio de força ou de sorte que o impede (e a nós) de ser feliz. Aquela bola tem de entrar...
Creio que, ainda assim, demos mais um passo na nossa evolução. Há, claramente, dificuldades na eficácia, na criação de jogo atacante e no domínio do adversário. Capel, Wolfs, Elias e outros, já jogaram melhor. E, também por isso, sabemos que uma recuperação exibicional e pontual é uma realidade tão possível como desejável.
Só espero que a força e entusiasmo que o Sporting irracional (nós, os sócios e adeptos) tem revelado nos últimos meses não esmoreça. Porque também é isso que nos permite crescer.
ps: ontem no metro, quando regressava a casa, percebi que ainda não estamos todos em sintonia. Um adepto dizia para outro que não tinha nada a apontar ao Rui Patrício (também era melhor!!), mas que preferia o Marcelo Boeck porque "é mais tranquilo e não treme tanto" (adepto dixit). Quando é que vamos acabar com este sentimento corrosivo?
E é isto que este Sporting nos devolveu, a esperança e, acima de tudo, a Confiança e a Exigência.
Queremos (sempre) mais, apesar de se saber que esta (ainda) é uma fase embrionária da construção de uma grande equipa.
Quando vi o Elias a fazer uma falta estúpida e agressiva, aos 2 minutos de jogo, sem qualquer razão, percebi que não estávamos preparados para um jogo deste grau. Esta equipa está pressionada desde da 3º jornada e o desgaste de quem corre atrás é sempre muito maior. Ao desgaste físico de uma equipa que descansa pouco (lesões, lesões e mais lesões), acresce a normal quebra mental de quem já não pode falhar.
O Sporting não jogou mal, mas também não jogou bem. Entrou muito mal no jogo e teve demasiado respeito por Hulk. As abordagens ao seu jogo e figura foram sempre feitas com medo do que é que podia sair dali. E, fosse Hulk um jogador de top-mundial (não o é, mas pode muito bem vir a ser, pois tem características muito especiais e únicas), os danos para a nossa baliza podiam ter sido outros. Nesta fase, convém destacar a presença de Neto. Foi dos poucos que não se intimidou com Hulk e que permitiu ver à equipa que, ali, só estava um jogador, nada mais. Mas, por outro lado, a presença de Neto retirou, à equipa, a existência de uma saída com a bola controlada, desde da defesa para o meio-campo atacante. O abuso do jogo directo (que algumas vezes saiu bem) foi um dos pontos negativos, pois tipificou o nosso jogo, castigou fisicamente Wolfswinkel (e como ele necessitava de pernas mais frescas na 2ª parte) e entregou a bola de frente ao adversário, que usava as transições rápidas como forma primordial de abordar o ataque.
A saída de Neto (à qual, no estádio, torci o nariz, pois ainda via a equipa com pouco "nervo" e garra) permitiu ao Sporting reentrar no jogo e, finalmente, controlá-lo. O recuo de Schaars para 6 permitiu que este aparecesse no jogo e o encara-se de frente para o meio-campo adversário. Aliado à entrada de Matías, agora, as jogadas começaram a ser mais rápidas na sua execução, a bola foi jogada por mais jogadores e a presença em zonas mais próximas da finalização começou a ser uma realidade.
Só que, nesta fase, o desgaste do trio mais avançado era muito notório e quando iam, finalmente, ter jogo nos pés, eles já não estavam lá. Não sei se Capel e Carrillo jogaram mal ou não. Sei que, a 30 minutos do fim, o jogo começava a ser nosso e eles já não podiam corresponder a essa nova situação. Foram vítimas do sistema da 1ª parte, ou foram parte do problema? Não me compete responder pois não sei avaliar tal situação.
E foram nestes 20 minutos que podíamos ter virado a nossa história neste campeonato. A forma como Izmailov falha o golo é uma excelente metáfora da sua presença no Sporting. Depois de ultrapassar tudo e estar perto de ser feliz, há um bloqueio de força ou de sorte que o impede (e a nós) de ser feliz. Aquela bola tem de entrar...
Creio que, ainda assim, demos mais um passo na nossa evolução. Há, claramente, dificuldades na eficácia, na criação de jogo atacante e no domínio do adversário. Capel, Wolfs, Elias e outros, já jogaram melhor. E, também por isso, sabemos que uma recuperação exibicional e pontual é uma realidade tão possível como desejável.
Só espero que a força e entusiasmo que o Sporting irracional (nós, os sócios e adeptos) tem revelado nos últimos meses não esmoreça. Porque também é isso que nos permite crescer.
ps: ontem no metro, quando regressava a casa, percebi que ainda não estamos todos em sintonia. Um adepto dizia para outro que não tinha nada a apontar ao Rui Patrício (também era melhor!!), mas que preferia o Marcelo Boeck porque "é mais tranquilo e não treme tanto" (adepto dixit). Quando é que vamos acabar com este sentimento corrosivo?
5 comentários:
Não vi o Patricio tremer. Não sei que raio é que esse adepto viu, mas deve ter estado noutro estádio.
Bom post.
Sobre o comentário do adepto ao Patrício, refiro o seguinte: a repor a bola em jogo com os pés, o Patrício é muito melhor. E ontem houve imensas reposições de bola...
Mike e JPDB,
Mas é que nem merece discussão a posição de Patrício no nosso clube! E não estamos a falar, somemente, do jogo de ontem. Patrício é o Nº 1 e não é só na baliza.
Não percebo estas sensações de só se quer quem não está na equipa, de só se gostar quando já não está no clube. É uma auto-mutilação constante que não ajuda em nada.
Cantinho,
A bancada idolatra o Capel, mais ainda do que idolatrava o Vukcevic (que era uma pessoa completamente desequilibrada da cabeça), que ontem terá sido a maior limitação da equipa. O Capel é um jogador que decide muito mal mesmo, e ontem acho que todas as bolas que lhe chegaram morreram ali. Quando Evaldo e Insua conseguem fazer mais, acho que se explica muita coisa.
Por outro lado o Wolfswinkel começa a ser assobiado, quando ajuda bem mais a equipa que o Capel. Ontem só lhe aponto "culpa" num cabeceamento sozinho que saiu fraco na primeira parte. A oportunidade que ele teve isolado, a bola ia muito difícil, e foi ele que por próprio mérito se conseguiu isolar. Teve ainda um lance em que seguia para a baliza quase sem oposição, e o Carrillo em vez de lhe dar um apoio, passou mesmo na frente dele, e o lance perdeu-se por causa da má decisão do Carrillo. E teve o lance em que isola o Elias, mal anulado, mas ainda não vi o palerma do Vitor Pereira falar disso...
Ontem preferia ter visto o Pereirinha do que o Capel. E aqui é que começo a desconfiar um bocado do Domingos, porque não entendo a utilidade de ter Arias e não convocar o Pereirinha. A do André Santos ainda me preocupa mais, especialmente pela resposta que deu a um jornalista na conferência de imprensa com um "mas você é amigo do André Santos?"...
JPDB,
Percebo o teu estado de espírito e partilho-o em parte.
Concordo em muita coisa relativamente ao Capel. Geralmente decide mal e tem ainda muito que aprender (tem 23 anos, ainda vai muito a tempo). Ontem não esteve bem, tal como tem sido recorrente nos ultimos 2 meses. Mas não posso esquecer a sua importância na nossas ascenção, nem o facto de ter sido recorrentemente utilizado quando não havia mais ninguém. Creio que o efeito surpresa que causou já passou, mas isso também se deve a uma notória quebra física. Ele é importante (com Jefren e Izmailov, não seria titular), pois estica muito jogo, dá-lhe profundidade e transporta a equipa quando esta está moribunda. E é por isso que vai jogando e também por isso que o idolatram.
Não vamos fazer com ele o que não gostamos que façam com o Wolfs (como tu contas).
Quanto ao Pereirinha já aqui referi a admiração que tenho por ele. E, ontem, não tê-lo, pelo menos, no banco (Arias???) foi algo que não entendi. O seu critério no passe, a verticalidade do jogo, a busca de espaços interiores e excelente controlo da bola são qualidades que não se devem desperdiçar. Mas Domingos é que sabe.
Wolfswinkel é jovem e já nos deu muito. Há muita pressão e responsabilidade num jogador muito novo. O mal é não termos quem o substitua (não no jogo, mas na responsabilidade de marcar golos).
Vitor Pereira? Por favor... Dali não vem nada e a equipa nunca irá aprender nada com ele, e ainda para eles. Moutinho e Otamendi podiam ter ido para a rua. Wolfs e Elias isolados e mal anulados. Toques nos defesas portistas era sempre falta. Quando o Hulk o fazia era porque ganhava (e bem) na luta do corpo. É um ser ridículo, na linha do que ali se produz e promove.
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