O Sporting é uma equipa técnica, mas sabe lutar e
os jogadores estão motivados para jogar no limite das suas capacidades.
As grandes equipas são aquelas que, em diferentes cenários, procuram
adaptar-se e vencer os jogos. O Sporting é competitivo e não defrauda os
seus adeptos. - Leonardo Jardim, no fim do jogo de ontem, www.sporting.pt
O post podia ficar por aqui e já estava quase tudo dito. Jardim menciona as dificuldades do jogo, da motivação dos jogadores e adeptos, da busca permanente pela vitória e o respeito que a equipa e clube têm pelos seus adeptos, tendo sempre presente que, a estes, não pode falhar.
Pedro Emanuel disse que o Sporting marcou na primeira vez que foi à baliza e que teve uma ocasião. Concordo, em parte (Wilson já lá tinha andado perto). No entanto, permita-me questionar o treinador do Arouca: que ocasiões teve o Arouca antes de Bruno Amaro marcar o golo? As mesmas que o Sporting, zero.
Não "vou muito à bola" com o Pedro Emanuel. Desde dos tempos como jogador do Boavista e, depois, Porto, onde era considerado um elemento à parte dos restantes planteis, pela sua inteligência. Sejamos honestos, num balneário liderado por Jaime Pacheco, em que as referências principais eram o Petit, Martelinho e o "Estripador" Ávalos, um jogador que fosse para os treinos com a "Dica da Semana" debaixo do braço e conseguisse articular uma frase sem dizer 3 caralhadas e cuspir, era óbvio que seria um corpo estranho, sendo facilmente conotado com genialidade e elevado grau de intelectualidade.
Mas a verdade é que Pedro Emanuel safa-se como treinador (já nos deu muitas dores). E o Arouca é um bom exemplo disso. Um plantel limitado mas como elementos com muita experiência fez ontem uma boa 1ª parte, criando muitas dificuldades ao Sporting. Uma entrada forte, rápidos sobre a bola, vencendo as bolas divididas e adaptados ao campo onde treinam e jogam, foi com naturalidade que se colocaram em vantagem no marcador pelo inevitável Bruno Amaro (quantos golos já marcou ao Sporting?), num lance onde Píris e Maurício não saem isentos de culpa.
Com os extremos completamente ausentes, os laterais longe e o meio-campo sem conseguir ter bola, o Sporting demorou a reagir e, apesar do empate por Rojo, só perto do intervalo fez uma jogada com apoios e circulação de bola, culminada por um remate de André Martins, bem parado por Cássio.
Na 2ª parte, face ao estado do relvado, o Sporting mudou o seu paradigma de jogo, lançando Slimani para o lugar de Capel (espero que não se tenham esquecido do espanhol em Arouca, visto que ninguém o viu durante o tempo que jogou). A partir daí, os lançamentos directos de Rojo começaram a fazer sentido. Com Slimani, o Sporting começava a ganhar a 1ª bola e posicionar-se melhor para ganhar a 2ª, a bola começou a ser mantida em zonas mais adiantadas, permitindo à equipa subir e ver, finalmente, os laterais a aparecer (principalmente Jefferson). O controlo do jogo era, finalmente, do Sporting, começando a surgir as oportunidades de golo: primeiro por Wilson, que só um péssimo controlo de bola deixou fugir a oportunidade de marcar; remate de Montero após assistência de Slimani; cabeceamento de Slimani para boa defesa de Cássio, cabeceamento de Maurício; bola no poste no "quase" golo do ano de William e falhanço de Rojo (no seguimento da mesma jogada).
Até que, num jogo de 10 para 10, Jefferson arranca um cruzamento e Slimani resolve o encontro, num golo de força e totalmente merecido.
Com a vantagem no marcador, a luta pela bola continuou forte, numa batalha digna e muito profissional entre os jogadores do Arouca e do Sporting.
Destaque para a pouca aptidão de Cosme Machado em apitar num contexto como aquele que se viu no campo do Arouca. Num jogo em que se lutou e o contacto era inevitável, as expulsões foram exageradas e em nada benéficas para o desenrolar da partida. Após Magrão ter sido projectado para fora do campo, fez uma falta de menor intensidade. Aí já houve amarelo...
Vitória muito importante, pois permite manter as distâncias (ou, talvez, aumentá-las) para o 4º e 5º lugar, numa demonstração de grande dedicação, esforço e vontade por parte dos nossos jogadores (basta ver como Maurício, Jefferson, Martins, Slimani acabaram o jogo) que tiveram sempre em mente a busca pela vitória (vejam nas repetições a alegria de Martins no golo de Rojo e o desalento de muitos nas perdidas de Montero, Rojo e Maurício). Como disse um amigo meu, a "vitória deve sido mesmo importante porque até o Jardim se estava a rir".
Uma última nota para saída de William. Eu acho que Jardim tinha projectado que William ia levar amarelo neste jogo para "limpar" os cartões contra a Académica, jogando Dier no seu lugar. No entanto, a expulsão de Rojo faz com Dier tenha de jogar na defesa. Assim, para não perder William para esse jogo (obrigava a mexer em duas posições) resolveu tirá-lo. Curioso é que Fokobo (provável convocado ou elemento a ter em conta quando William tiver de fora) foi, ontem, mal expulso na deslocação do Sporting B à Trofa. Coincidências...
Além de jogar bem, esta
equipa tem uma boa atitude. Os adeptos que vieram ao estádio não
ficaram defraudados pela atitude e garra destes jogadores. Isto sim, é
representar o Sporting. Tenho orgulho de treinar estes jogadores. - Leonardo Jardim, no fim do jogo de ontem, ABOLA.
Para recordar o Boavista de Jaime Pacheco:
4 comentários:
Grande Cantinho,
Só discordamos, uma vez mais, na arbitragem.
O Good Old Cosme, talvez o pior árbitro em Portugal e aquele que todos pensávemos que ia ali para nos atirar cá para baixo, fez uma arbitragem equilibrada e criteriosa. Podemos discordar do critério (eu discordo!) mas foi aceitável. E naquelas condições era difícil fazer melhor.
Um abraço
Koba,
a crítica ao Cosme é porque, naquele contexto, o critério não deveria ser tão apertado. E num jogo de luta e entrega, Arouca e Sporting foram prejudicados e os jogadores em causa não mereciam ser expulsos.
E dou o exemplo do amarelo a Magrão porque até o critério do Cosme foi desigual. Mas entendo o que quiseste dizer.
Obrigado e abraço.
Estou de acordo.
Mas já estamos num ponto em que se vejo uma arbitragem em que o critério é igual para todos (salvo uma ou outra exceção), acabo o jogo com a sensação de que foi boa. Por "sorte", o lance do Rojo não dista muito do do Tinoco e o jogo não desequilibrou por aí.
Os que me metem mesmo nojo são os Brunos Paixões, esses é que são uns patetas que não apenas mudam o critério de jogo para jogo como no próprio jogo mudam de critério a cada minuto.
Aliás, permite-me corrigir o comentário anterior. O Cosme Machado não é o pior árbitro em Portugal. Enquanto o Bruno Paixão arbitrar, é impossível haver pior.
Abraço
Sim, ter um árbitro que seja mau para os 2 lados, no ponto em que estamos, já é muito bom. Mas isso não devia chegar.
Antes Mil Cosmes que meio Bruno Paixão. Esse é mesmo mau. Creio mesmo que tem um disturbio naquela cabeça, pois não tem expressão. Assusta.
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