O Sporting jogou pouco, muito pouco. Controlou pouco, dominou pouco (ou nada), correu pouco, rematou pouco e sofreu muito (e podia ter sofrido mais).
A derrota de ontem, que nos volta a colocar a 6 pontos da liderança (e pode colocar-nos em 7º lugar na Liga), foi dolorosa e surpreendente, ainda mais pela incapacidade total que a equipa revelou.
Tenho vindo a defender que este Sporting estará sempre mais perto de não vencer do que vencer (aqui). Que a elevada qualidade atacante e excelente meio-campo (ofensivo) que hoje temos (ao nível dos jogadores e da forma como Marco Silva trabalhou neste aspecto), nem sempre será suficiente para superar os nossos adversários (a exemplo do que se viu com o Marítimo). Hoje, mais uma vez, a defesa (ou o "processo defensivo" - haverá quem saiba explicar melhor esta temática específica) não esteve à altura de um assumido candidato ao título. Demasiados erros que tiveram o seu expoente máximo nos 2 primeiros golos do Vitória, em lances de bola parada. Não vou discutir se isto advém da qualidade dos defesas (a falta dela, entenda-se) ou se do trabalho feito nesta zona pela equipa técnica. Deixo a critério de cada um (a minha opinião já a sabem).
Os números muitas vezes são frios mas tendem a dizer-nos algo:
- em 2 meses e meio de competição, o Sporting disputou 13 jogos oficiais;
- em 13 jogos oficiais, o Sporting marcou 24 golos;
- em 13 jogos oficiais, o Sporting sofreu 16 golos;
- nos últimos 4 jogos disputados (Taça, Champions, Liga), o Sporting marcou 10 golos e sofreu 9;
- em 9 jogos para a Liga, o Sporting marcou 17 golos e sofreu 9;
- em 13 jogos oficiais, o Sporting venceu, somente, 5 jogos;
- em 13 jogos oficiais, o Sporting perdeu 3 e empatou 5 jogos;
- na Liga, dos 27 pontos em disputa, o Sporting arrecadou 16;
Poderá ser oportuno, agora, questionar a dimensão da nossa noção de Grandeza?
Por outro lado, e tentando procurar algo que nos motive ainda mais, podemos afirmar que à beira de chegar a 1/3 da Liga, já jogamos com as actuais 3 melhores equipas (duas delas fora), algo que ainda não aconteceu a nenhuma dessas 3. Há, por isso, ainda espaço (não muito, mas há) para recuperar e nos reencontrarmos.
Só resta uma solução, Reagir. E isso aplica-se a TODOS nós.
4ª feira lá estarei.
2 comentários:
Um ponto curioso dessas estatísticas é que nos primeiros 10 jogos, em que defrontámos Chelsea, porto (2 vezes) e benfica, apenas sofremos 7 golos, que me lembre pelo menos 3 golos resultaram de erros individuais básicos. Nos últimos 3 jogos sofremos 9 golos.
Os processos não se desaprendem de uma semana para a outra.
Por coincidência as coisas pioraram depois de sair da equipa o muito criticado Sarr e ter entrado o "desejado" Paulo Oliveira.
Qual a influência aqui, pelo menos nos golos de bola parada, das ausências de Sarr e Slimani?
Tugarão,
é um bom raciocínio. "3 golos resultaram de erros individuais básicos."
Quais?
O da Académica por parte de Carrillo?
O do Benfica por parte de Jefferson e Sarr?
O do Belenenses por parte de Maurício e Sarr?
O do Maribor por parte de Maurício e Sarr?
O do Porto por parte do Sarr?
O do Chelsea por parte do Jonathan?
"Qual a influência aqui, pelo menos nos golos de bola parada, das ausências de Sarr e Slimani?"
Não sei, vamos ver:
- o golo do Chelsea foi de bola parada e estava lá o Sarr e Slimani;
- o 3º golo do Schalke foi de bola parada e estava lá o Sarr (não me lembro se, no 1º, ele conseguiu entrar antes do livre ser batido);
Mas isto não é Futsal onde se pode entrar e sair consoante a jogada. E que mais oferece Sarr ao jogo do Sporting?
Os golos em Guimarães têm muito mais que erros dos centrais, estão relacionados com mau trabalho de casa que se fez. As jogadas são iguais.
Não sei se Paulo Oliveira é o "desejado". Para mim, seria 3º central, mas para isso teria que existir, no plantel 2 melhores que ele. E isso não acontece.
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