Na pré-época de 2005/2006 o Sporting integrava no seu plantel um internacional camaronês de nome Rudolph Douala. Oriundo da União de Leiria, o avançado destacava-se pela sua rapidez, o que lhe permitia atenuar a falta de técnica. Durante a época anterior, revelou grandes fragilidades, denotando pouca qualidade desportiva para integrar o plantel de um clube candidato ao título. Ainda assim, na caminhada rumo à (eternamente difícil de engolir) final da Taça UEFA disputada em Alvalade, Douala deixou boas indicações, principalmente nas eliminatórias com equipas e inglesas (Middlesbrough e Newcastle, respectivamente). As suas qualidades (rapidez, passada larga, drible longo e cruzamentos sem preparação) enquadravam-se na realidade inglesa, principalmente em equipas treinadas por britânicos (Steve Mcclaren e Graham Souness), na sua plena tradição de "Kick n Rush".
Durante a pré-época de 2005/2006, em vésperas de defrontar a 3ª pré-eliminatória da Champions, Douala era o jogador em maior destaque no plantel leonino, em autêntica revolução face à época anterior. Durante os jogos da pré-época (novamente com o Middlesbrough, no Algarve), Douala revelava uma condição física que o colocava vários passos à frente dos seus companheiros e adversários de então. Estávamos em Julho... Iludidos (tal como a maioria dos adeptos do Sporting, equipa técnica e direcção presidida por Dias da Cunha e Paulo Andrade), o Middlesbrough perdeu a cabeça e ofereceu perto de 7 milhões de euros por Douala, um jogador que tinha custado 1 milhão, e que brevemente iria ser equiparado em termos de condição física pelos seus colegas e adversários tornando-se, rapidamente, naquilo que sempre foi, um jogador banal. A incompetência que reinava na equipa técnica liderada por Peseiro e a falta de visão desportiva da direcção, impediram a realização de um excelente negócio para todas as partes (excepto o Middlesbrough). Douala ficou no Sporting. O Sporting foi eliminado pela Udinese. Peseiro foi despedido. Paulo Bento dispensou-o. E Douala andou em empréstimos pela Inglaterra (local onde se pensava poder exprimir as suas "qualidades"), até cair no esquecimento, longe de uma carreira melhor. Quem foi que perdeu mais com isto tudo? Inevitavelmente, o Sporting Clube de Portugal.
Nesta época, para mim, ocorre um caso bastante semelhante com o acima reportado, mas com Yannick Djaló. Com "qualidades" técnicas bastante semelhantes das de Douala (rapidez e.... rapidez), Djaló parece ser dos jogadores em maior destaque na pré-época leonina. Mais uma vez, inicia bem uma época (podemos recordar a Supertaça com o Porto onde marcou os dois golos da vitória, ou o Torneio do Guadiana onde cilindrou o Benfica de Fernando Santos), evidenciando uma grande velocidade, capacidade de resistência, factores que o permitem destacar face a companheiros e colegas, ainda com um ritmo mais lento. E, tal como Douala, parecem surgir propostas vindas de Inglaterra (5 a 6 milhões de euros), campeonato "perfeito" para as características de Djaló.
As questões são simples: o que fazer com as propostas? Recusar e acreditar que, este, é o ano de Djaló? Não relembrar o caso Douala e retirar daqui uma lição? Esta forma de Djaló (embora o atabalhoamento, a falta de qualidade técnica em controlar, sequer, uma bola, continuem lá) é para manter? Ou será que lá para Setembro/Outubro, este esforço despendido em Junho, Julho e Agosto não será colocado em causa, com uma lesão muscular, que o coloca no estaleiro até Março (embora seja sempre 2 ou 3 semanas para recuperar, "versão oficial")? Porque será que Djaló acaba sempre bem a época? Terá sido por ter "descansado" desde Outubro até Março? Daqui a um ano não estaremos nós a pedir que, esta, seja a época de Djaló? E quanto valerá Djaló daqui a 1 ano?
Eu já não acredito em Djaló...
O truque é simples: enquanto a maior parte dos jogadores, nas férias, come marisco, bebe cervejas, vai para a night, come caracóis, passa grande tempo ao Sol e não faz actividade desportiva, outros, como Djaló ou Douala, mantêm uma actividade regular, nem que seja para manter o corpo tonificado para que aquelas camisolas XS que custam para cima de 100 euros continuem a servir.
E isto serve para que, na pré-época, estejam melhor que os outros e que iludam adeptos, direcções, empresários e, pior de tudo, a si mesmos.
Valerá a pena continuar a arriscar em Djaló?
Durante a pré-época de 2005/2006, em vésperas de defrontar a 3ª pré-eliminatória da Champions, Douala era o jogador em maior destaque no plantel leonino, em autêntica revolução face à época anterior. Durante os jogos da pré-época (novamente com o Middlesbrough, no Algarve), Douala revelava uma condição física que o colocava vários passos à frente dos seus companheiros e adversários de então. Estávamos em Julho... Iludidos (tal como a maioria dos adeptos do Sporting, equipa técnica e direcção presidida por Dias da Cunha e Paulo Andrade), o Middlesbrough perdeu a cabeça e ofereceu perto de 7 milhões de euros por Douala, um jogador que tinha custado 1 milhão, e que brevemente iria ser equiparado em termos de condição física pelos seus colegas e adversários tornando-se, rapidamente, naquilo que sempre foi, um jogador banal. A incompetência que reinava na equipa técnica liderada por Peseiro e a falta de visão desportiva da direcção, impediram a realização de um excelente negócio para todas as partes (excepto o Middlesbrough). Douala ficou no Sporting. O Sporting foi eliminado pela Udinese. Peseiro foi despedido. Paulo Bento dispensou-o. E Douala andou em empréstimos pela Inglaterra (local onde se pensava poder exprimir as suas "qualidades"), até cair no esquecimento, longe de uma carreira melhor. Quem foi que perdeu mais com isto tudo? Inevitavelmente, o Sporting Clube de Portugal.
Nesta época, para mim, ocorre um caso bastante semelhante com o acima reportado, mas com Yannick Djaló. Com "qualidades" técnicas bastante semelhantes das de Douala (rapidez e.... rapidez), Djaló parece ser dos jogadores em maior destaque na pré-época leonina. Mais uma vez, inicia bem uma época (podemos recordar a Supertaça com o Porto onde marcou os dois golos da vitória, ou o Torneio do Guadiana onde cilindrou o Benfica de Fernando Santos), evidenciando uma grande velocidade, capacidade de resistência, factores que o permitem destacar face a companheiros e colegas, ainda com um ritmo mais lento. E, tal como Douala, parecem surgir propostas vindas de Inglaterra (5 a 6 milhões de euros), campeonato "perfeito" para as características de Djaló.
As questões são simples: o que fazer com as propostas? Recusar e acreditar que, este, é o ano de Djaló? Não relembrar o caso Douala e retirar daqui uma lição? Esta forma de Djaló (embora o atabalhoamento, a falta de qualidade técnica em controlar, sequer, uma bola, continuem lá) é para manter? Ou será que lá para Setembro/Outubro, este esforço despendido em Junho, Julho e Agosto não será colocado em causa, com uma lesão muscular, que o coloca no estaleiro até Março (embora seja sempre 2 ou 3 semanas para recuperar, "versão oficial")? Porque será que Djaló acaba sempre bem a época? Terá sido por ter "descansado" desde Outubro até Março? Daqui a um ano não estaremos nós a pedir que, esta, seja a época de Djaló? E quanto valerá Djaló daqui a 1 ano?
Eu já não acredito em Djaló...
O truque é simples: enquanto a maior parte dos jogadores, nas férias, come marisco, bebe cervejas, vai para a night, come caracóis, passa grande tempo ao Sol e não faz actividade desportiva, outros, como Djaló ou Douala, mantêm uma actividade regular, nem que seja para manter o corpo tonificado para que aquelas camisolas XS que custam para cima de 100 euros continuem a servir.
E isto serve para que, na pré-época, estejam melhor que os outros e que iludam adeptos, direcções, empresários e, pior de tudo, a si mesmos.
Valerá a pena continuar a arriscar em Djaló?
7 comentários:
afinal não sou o único a pensar assim :D
A minha opinião sempre foi a de vender sempre que hajam ofertas superiores ao valor de mercado... mas isto para mim aplica-se a qualquer jogador do Sporting nós não temos jogadores inegociáveis...
Também temos que saber é comprar...
Saudações Leoninas
Filipe Ramos
PS.: Para ter uma avaliação tendencialmente isente podem ver aqui http://www.transfermarkt.de/de/sporting-lissabon/startseite/verein_336.html
ALMA GRANDE - Sem dúvida vale a pena ler. A diferença entre um clube grande e um GRANDE CLUBE. Passem por lá. Obrigado a todos.
http://conselholeonino.blogspot.com
Muito bem visto! Eu por mim despachava logo o Djaló pelos tais 5 milhões e ainda oferecia um Caneira ou um Grimi de borla: de preferência os quatro: Caneira, Grimi, Abel e Polga!
Saudações Leoninas
Paralelismo interessante, realmente. Para mim, o Yannick sempre foi um jogador sobrevalorizado, ainda que quando em forma pareça sempre melhor do que é na verdade.
Excelente post!
Tiraste-me as palavras da boca.
Nem vale a pena dizer mais nada.
SL
Caro Cantinho, gostei do post, e como é hábito é muito bem fundamentado. Levanta, mais uma vez, uma questão pertinente, e dizem, já vai nos 7M de euros... É vosso, vocês lá sabem, mas concordo com o teor do post, como dizia. Já agora, no primeiro jogo nos EUA calhou a ouvir o comentador a dizer que era o próximo Ronaldo, ehehehhe! Gostei bastante, e só não me ri alto porque estava na cama a ver o jogo no portátil e a minha pequena, lagartita, por acaso, já dormia, ehehhe!
Estou para ver!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
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